sábado, 17 de setembro de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
A simbologia do " Gorro Preto" para as forças Especiais do Exército Brasileiro
Texto elaborado por Rodney Alfredo Pinto Lisboa.
Figura 1: Operador do 1º BFEsp participa de adestramento de tiro com os quadros operacionais do 3º Batalhão do 7º SFG-A (Special Forces Group-Airborne) do Exército dos EUA em Fort Bragg, Carolina do Norte. (Fonte: Acervo do COpEsp).
|
A palavra “simbologia” é empregada em referência ao estudo ou interpretação dos símbolos, que, como elemento essencial para a comunicação entre as pessoas, constitui representação (tridimensional, gráfica, sonora ou gestual) de uma ideia abstrata.
Nas relações pessoais e/ou institucionais, habitualmente, os símbolos, como representação de temores e aspirações, são utilizados de modo a promoverem a integração de diferentes grupos sociais, contribuindo substancialmente para atribuir-lhes uma identidade social que orienta os modos de pensar e agir de seus componentes.
Especificamente no que se refere aos grupos profissionais, os símbolos constituem representações peculiares à atividade por eles desempenhada. Por sua vez, as representações simbólicas características da sociedade militar estão diretamente relacionadas a um ethos institucional alicerçado no binômio hierarquia e disciplina.
Para as OpEsp do EB (Exército Brasileiro), o simbolismo inerente ao “gorro preto” evoca o apego às tradições, a reverência à camaradagem, o orgulho de pertencer ao seleto grupo de indivíduos, que após serem testados e aprovados nos limites da obstinação e resistência, passaram a integrar as unidades de elite da Força Terrestre (1º BAC [1º Batalhão de Ação de Comandos] e o 1º BFEsp [1ºBatalhão de Forças Especiais]). Para efeito de esclarecimento, é pertinente salientar que o gorro preto traz em suas laterais direita e esquerda os distintivos das Forças Especiais e da Ação de Comandos, respectivamente.
Fotografia 2: Caçadores e spotters das FOpEsp do Exército Brasileiro, integrantes da Força-Tarefa que participou do esquema de segurança do presidente Barack Obama (em visita oficial ao Brasil), durante evento de apresentação para a imprensa realizado em 2011 na capital federal. (Fonte: Disponível em: https://cryptome.org/info/obama-protect41/obama-protect41.htm Acesso em: 22 jun. 2016).
|
A deferência para com o gorro preto teve origem no final da década de 1950 (período que baliza o início das OpEsp no EB), quando o Núcleo da Divisão Aeroterrestre (atual Brigada de Infantaria Paraquedista), organização responsável por conduzir o Curso de Operações Especiais, buscava criar referências cuja caracterização promovesse vínculos de pertencimento que arraigasse um vigoroso espírito de corpo em seus integrantes. A adoção do gorro bico de pato, assim como outros itens do fardamento (padrão de camuflagem; botas de combate; camisa branca com o nome do usuário no peito), representou uma mudança de hábitos e comportamentos em favor do comprometimento para com a tropa. Nesse contexto, foi atribuída uma cor específica para cada uma das especialidades aeroterrestres (amarelo para os dobradores de paraquedas e vermelho para os precursores paraquedistas). Após se depararem com uma breve resistência em relação a cor sugerida para o contingente das Operações Especiais, os quadros operacionais dessa atividade passaram a ostentar a cor preta em sua cobertura, referência às ações noturnas que a caracterizam.
Para ilustrar a relação de profundo respeito que os ElmOpEsp do EB nutrem para com o gorro preto, torno público o testemunho que me foi dado por um amigo FE, a quem atribuirei o codinome Queiróz. No período em que servia junto à Força 3 (3ª Companhia de Forças Especiais [subordinada ao Comando Militar da Amazônia]) cumprindo missão de repressão a crime ambiental na fronteira do Brasil com o Peru, Queiróz sofreu um acidente por ocasião da queda de uma árvore arrancada devido ao empuxo do rotor de um helicóptero Blackhawk, pairado no ar enquanto os operadores executavam a técnica de rapel conhecida por Desembarque Aerotático (Fast Rope). A queda da árvore provocou um grave ferimento na cabeça, chegando a lesionar uma vértebra. Trasladado para o hospital, enquanto se recuperava das severas lesões sofridas, por exigência sua, o gorro preto permaneceu sempre ao seu lado. Queiróz também me confidenciou que ao servirem no Haiti sob a égide da ONU (Organização das Nações Unidas), assim como ocorre com contingentes militares de outras nacionalidades que operam respondendo à autoridade desse órgão intergovernamental, os militares brasileiros tiveram que trajar a cobertura azul característica da entidade. Contudo, mesmo tendo que usar cobertura de outra cor por dever de ofício, o gorro preto sempre o acompanhava, mantido guardado em um dos bolsos de seu fardamento. Segundo ele revelou, o conceito por trás das atitudes manifestadas tanto na selva fronteiriça quanto no país caribenho remete a honra e orgulho de ser um FE. Nesse sentido, na eventualidade de encontrar a morte, seja em que circunstância for, o operador, em atitude altiva e comprometida com os ideais de sua unidade, optará por perecer ostentando o gorro preto, símbolo indelével das Forças Especiais do EB.
Conforme é possível notar no relato apresentado anteriormente, a simbologia do gorro preto vai muito além do conceito da caracterização/identidade militar. Para os ElmOpEsp do EB, trajar o gorro preto serve para distinguir uma classe de combatentes que valem-se da singularidade e excelência de suas habilidades, eventualmente colocando-se em situação de risco, não medindo esforços para alcançar os objetivos que lhes são atribuídos.
Rodney Alfredo Pinto Lisboa.
Professor universitário, Pós-graduado em História Militar, Mestre em Estudos Marítimos (área de concentração: Segurança, Defesa e Estratégia Marítima). Sócio correspondente do IGHMB (Instituto de Geografia e História Militar do Brasil). Autor de diversos artigos sobre Operações Especiais, Guerra Irregular e Contraterrorismo.
Curriculo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9376820701743548
http://fopesp.blogspot.com.br/
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Fases da consultoria
FASES DA CONSULTORIA
1ª FASE: CONTATO
- Detectar o
problema;
- Avaliar se
para o problema detectado é o profissional mais indicado;
- Levantar a
expectativas;
- Assinar contrato formal.
2ª FASE: DIAGNÓSTICO
- Visualizar
o problema ; questões:
- Que método
serão usados ?
- Que tipo de
dados devem ser coletados?
- Quanto
tempo isso deve durar?
3ª FASE: AÇÃO
- Envolver
o cliente no processo;
- Atentar
à resistência;
- Estabelecer
os melhores passos de ação e mudanças.
4ª FASE: IMPLEMENTAÇÃO
- Colocar
o planejamento em prática e revisar;
- Responsabilidade
da alta direção;
- Avaliar
o resultado com o cliente
5ª FASE: TERMINO
- Avaliação
final;
- Decisão
da extensão ou não a outros segmentos da organização;
- Identificação
de outro problema e um novo contrato
|
|||
Segundo Brasiliano (1999)[1] a melhor maneira de realizar um diagnóstico é
colher as informações em campo, desta forma o consultor realmente irá saber o
que está acontecendo. Ele ainda afirma que há três maneiras do consultor
realizar a busca das informações:
Entrevistas
: As entrevistas, geralmente nos níveis institucional, intermediário e
operacional, têm por objetivo conhecer como as pessoas trabalham e enxergam as
necessidades da empresa no que diz respeito a segurança.
Verificação de documentos ; A verificação de documentos,
tais como planos e norma s, tem por meta conhecer o que preconizam as condutas
e qual é a política de segurança da empresa.
Trabalho
de campo : Tem por finalidade comparar se o que está escrito e é falado realmente
acontece na empresa. O ideal é que o diagnóstico possa ser realizado a partir
destes três métodos, para garantir que
uma noção clara e abrangente de como se encontra a segurança. Conclui
Brasiliano. O
diagnostico situacional representa uma
fotografia panorâmica da situação atual,
mostrando os pontos fortes e suas vulnerabilidades.
Lembre-se[2]
“ Não venda o preço do produto – venda benefícios.........A regra é: primeiro
fale todos os benefícios, somente depois dê o preço.”
* Siderley Andrade de Lima: É consultor de
segurança patrimonial, pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do
curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em
Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site de segurança www.dicaseg.com;
Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos
livros: “Manual Básico do Instrutor de
Armamento Tiro”, “ Sobrevivência
Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de
Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br
Consultoria em Segurança
Consultoria
em segurança empresarial
*Siderley Lima
Dentro do mercado de segurança privada no
Brasil, muitos profissionais procuram cada vez atuarem como consultor de
segurança, procuram ser independentes, querem ter autonomia, na segurança
empresarial existe um nicho de oportunidades, entre elas está a consultoria .
A
consultoria de segurança é uma análise geral realizada pelo consultor, a partir
da estrutura organizacional da empresa estudada, a fim de otimizar seus
processos e modelos de gestão, quando necessário.
Segundo Roberto Costa (2007)[1]
o
gestor/consultor de segurança é o indivíduo que conduz as suas intervenções com
base na inteligência empresarial. Analisa os problemas na sua origem, analisa
alternativas e propõe soluções pontuais e com investimentos adequados aos
riscos.
Esse profissional tem a
capacidade de atualizar constantemente seus conhecimentos sobre a tecnologia
disponível na gestão de segurança empresarial e patrimonial. Tem também a
aptidão para a comunicação verbal com a finalidade de convencer o interlocutor,
utilizando conversação articulada e lógica irrefutável, transmitindo segurança
diante de uma argumentação contraditória. Também devem ser desenvolvidas
capacidades de interação com criatividade e criticidade diante de contextos
diferenciados sociais e organizacionais. Para atingir tais competências, o
profissional necessita agregar diversas atitudes tais como: liderança,
respeito a opiniões divergentes, postura moral e ética, capacidade de trabalho
em equipes multidisciplinares, espírito observador, humildade e
perseverança.Conclui Roberto Zapotoczny.
O
consultor de segurança empresarial com
base na inteligência estratégica, atua com agilidade e firmeza, capaz de
planejar sistemas de segurança integrado, executar políticas estratégicas de
proteção á continuidade dos negócios, analisa os problemas na sua origem,
avalia alternativas e propõe soluções pontuais aos risco, ou aos pontos
vulneráveis, elabora planos de segurança e contingências, faz analise de
riscos, cria planejamento tático e técnico para o dia à dia da sua
empresa, orienta você e sua família
prestando assessoria e consultoria para
a melhor solução mais viável na sua segurança pessoal. É responsável ainda
pelos projetos de segurança dos shopping centers, condomínios verticais
e horizontais, residências, empresas, aeroportos, teatros, escolas, industrias,
hospitais, hotéis, estabelecimentos comerciais e tantas outras atividades. O consultor de segurança tem um mercado que
está em grande ebulição, mercado das pequenas, médias e grandes empresas de
segurança privada, grandes empreendimentos, empresas com segurança orgânica e
multinacionais.
Segundo Nino Meireles (2008)[2]
O Gestor/consultor de segurança tem que ser um profissional altamente
qualificado. Uma pessoa que gerencie de forma científica. Que saiba interagir a
teoria com a pratica. Alguém que tenha as competências ( conhecimento, habilidade
e comportamento) necessárias para ajudar a empresa a ser altamente competitiva.
Dentro
da apresentação do consultor, André de
Pauli (2010)[3] faz um
alerta “Aos que se apresentam errônea e perigosamente utilizando a expressão “dar consultoria”; assim comprometem a
própria sobrevivência. O consultor de segurança é o profissional que presta ou fornece serviços de
inteligência, por meio de consulta. Impiedosamente os consultores de segurança
enfrentam uma concorrência desleal: as empresas de segurança, as quais “dão de graça” as soluções, das quais elas próprias obterão vantagens,
no mínimo financeiras. Conclui André .
Segundo
Aureo Almeida[4] Existem vários tipos de consultores, os que
se decidiram por não querer mais trabalhar em período integral pelas regras da
CLT, que dependem de grande bagagem profissional e estudo contínuo para serem
reconhecidos e receberem trabalho, o que também depende de ações de contatos
via redes sociais e eventos específicos. Existem os consultores que são
profissionais que estão passando por um momento de transição por terem perdido
seus empregos fixos, e usam o título de consultor para conseguir exposição
pessoal até conseguirem novos empregos, sendo que alguns acabam por manter esta
posição por terem conseguido trabalho mais rápido do que um emprego. E
infelizmente, também existem pessoas que não conseguem emprego, não possuem
experiência profissional suficiente, não possuem clientes para dar referência
pois não construíram estas relações de forma sólida, mas insistem em se
apresentar como consultores e comprometer o setor de atuação e a visão geral da
consultoria pelos tomadores de serviços, pela má qualidade de seus serviços e
reputação duvidosa.
Aureo
afirma ainda que todos têm direito ao sol, contudo construir uma carreira leva
tempo e precisa de muita perseverança e retidão moral para se chegar a ter o
que de mais valor poder conseguir, uma reputação de valor.
Esse
profissional denominado consultor presta serviços de consultoria ( consulta)
para pessoas interessadas no seu conhecimento para solucionar problemas ou para
obter oportunidades de melhorias dentro do tema considerado.
Segundo Carlos Faria[5] “Deve ser um agente de mudança, pois a organização que o
contratar tem o desejo de mudar algo, senão o seu trabalho não terá sentido
prático. O consultor em qualquer especialidade carrega consigo alguns estigmas,
portanto terá que enfrentar preconceitos por meio de sua postura ética, acima
de tudo. Deve “ser” um consultor e não “estar” consultor, em razão de alguma
contingência profissional”l.
Já dentro da atuação Teanes Silva[6] afirma que “ o consultor deve atuar na otimização e
customização dos recursos, buscando atingir os resultados esperados pela
empresa. Para tanto, ele deve entender o negócio do seu cliente, aplicando os
conhecimentos interdisciplinar e multidisciplinar, alinhados a sua experiência,
adquiridos ao longo de sua carreira”.
* Siderley Andrade de Lima: É consultor de
segurança patrimonial, pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do
curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em
Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site de segurança www.dicaseg.com;
Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos
livros: “Manual Básico do Instrutor de
Armamento Tiro”, “ Sobrevivência
Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de
Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br
[1]
Roberto Zapotoczny Costa ;
consultor em Segurança, Graduado em Administração de Empresas, Pós- graduado em
Política e Estratégia (USP), MBA em Gestão Empresarial (Universidade Anhembi
Morumbi) e Mestre em Educação,; criou e coordenou o curso superior “Gestão de
Segurança Empresarial e Patrimonial” e o curso “MBA Gestão Estratégica de
Segurança Empresarial”, da Universidade Anhembi Morumbi Autor do livro:
Gerenciamento de Crises em Segurança Empresarial e Seqüestros (2008).
[2] Nino Ricardo Meireles, é
consultor de Segurança Empresarial, palestrante especializado em Segurança e
professor universitário
[3] André de Pauli, consultor sênior em segurança empresarial.
[4]
Aureo Almeida, consultor de segurança, operador de inteligência.
[5] Carlos Faria – consultor de segurança
terça-feira, 16 de agosto de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
Crescimento da criminalidade e soluções em segurança Empresarial
Crescimento da criminalidade e soluções em segurança empresarial
*Siderley
Lima
1. Crescimento da criminalidade
O crime tem sido
uma doença que acompanha o crescimento nas cidades e se relaciona diretamente
com a situação econômica de cada cidadão. Atualmente, os crimes contra a vida e
patrimônio tem crescido assustadoramente, é difícil encontrar alguma pessoa que
não foi vítima da criminalidade.
As organizações
criminosas no Brasil cada dia se tornam mais presentes no nosso dia a dia, não
podemos fechar os olhos, o problema é real, as quadrilhas estão cada vez mais
especializadas, podemos ver isso no contrabando, o tráfico de drogas, o roubo
de cargas, o tráfico de armas, assaltos a bancos, o tráfico e exploração de
crianças e mulheres, os jogos ilegais, o furto e receptação de veículos,etc. Os
crimes variam de acordo com a necessidade e objetivos.
Infelizmente uma das características que serve de ingrediente nas estruturas criminosas é a corrupção, seja ela através do judiciário ( venda de sentenças), corrupção de policias, patrocínios de campanhas políticas. O crime organizado possui conexões e ligações social, econômica e política, desta forma realização a lavagem de dinheiro tornando suas praticas mais difíceis de combatê-las.
Sabemos que a avanço da criminalidade são os vazios deixados pelo Estado, as facções criminosas prosperam e avançam devido as brechas abertas pela corrupção e pela desproteção policial. Enquanto as policias Civis, Militares e atualmente as Guardas Civis estiverem atuando separadas gerando “rivalidades”, enquanto tivermos políticos interessados somente no seu bem estar e uma sociedade civil achando que não faz parte do problema, o crime se une e torna-se organizado ficando mais fácil sua atuação.
Infelizmente uma das características que serve de ingrediente nas estruturas criminosas é a corrupção, seja ela através do judiciário ( venda de sentenças), corrupção de policias, patrocínios de campanhas políticas. O crime organizado possui conexões e ligações social, econômica e política, desta forma realização a lavagem de dinheiro tornando suas praticas mais difíceis de combatê-las.
Sabemos que a avanço da criminalidade são os vazios deixados pelo Estado, as facções criminosas prosperam e avançam devido as brechas abertas pela corrupção e pela desproteção policial. Enquanto as policias Civis, Militares e atualmente as Guardas Civis estiverem atuando separadas gerando “rivalidades”, enquanto tivermos políticos interessados somente no seu bem estar e uma sociedade civil achando que não faz parte do problema, o crime se une e torna-se organizado ficando mais fácil sua atuação.
1.1 Modus operandi
Independente do tipo de crime, a
preparação para um assalto pode levar meses, dias, ou apenas alguns segundos.
Após o alvo ser escolhido o criminoso avalia toda a situação antes da
abordagem, como por exemplo a facilidade de ganho, local de fácil fuga e se há
policiamento próximo, dando preferência aos locais ermos. Em outras ocasiões o
planejamento e ação criminosa surpreende a todos, com a ousadia e a
criatividade.
.
1.2 Características de alguns
crimes:
Ø Planejamento;
Ø Organização;
Ø Liderança;
Ø Investimento;
Ø Logística;
Ø Efetivo;
Ø Coleta de informações;
Alguns casos de sinistros
realizados por criminosos profissionais
DATA
|
VÍTIMA
|
CRIME
|
MODUS OPERANDI
|
11/DEZ/2001
|
Publicitário W.
Olivetto
|
Extorsão mediante
seqüestro
|
Disfarce com roupas da
PF, falso bloqueio
|
11/MAI/04
|
Empresa de transporte
de valores Rodoban
|
Roubo
|
Os assaltantes
alugaram uma casa ao lado e fizeram um buraco na parede, renderam os
funcionários e levaram R$ 9 milhões
|
11/OUT/04
|
Empresa de transporte
de valores Transbank
|
Roubo
|
Os criminosos entraram
por um túnel de 50 metros, que começou a ser cavado numa casa alugada na
mesma rua, os assaltantes levaram R$ 4 milhões.
|
AGO/2005
|
Banco Central
|
Furto
|
Por um túnel de 80
metros, levaram aproximadamente R$ 150 milhões, numa operação em que nenhum
dos bandidos usou sequer um revolver.
|
08/AGO/07
|
Empresa de transporte
de valores Prosegur
|
Roubo
|
Uma quadrilha utilizou
explosivos na parede da tesouraria, levaram R$ 9,8 milhões
|
10/SET/07
|
Empresa de transporte
de valores Protege
|
Roubo
|
Criminosos
utilizaram explosivos C-4 , após render um vigia no estabelecimento do
lado da transportadora, foram roubados R$ 20 milhões.
|
13/10/2009
|
Empresa
de transporte de valores Prosegur
|
ROUBO
A CARRO FORTE
|
Uma
metralhadora .50 foi usada por dez ladrões a um carro-forte em Amparo. Os
ladrões arrombaram o cofre com dinamite e fugiram levando R$ 1 milhão 367 mil
|
05/11/2009
|
Empresa
de transporte de valores Prosegur
|
ROUBO
A CARRO FORTE
|
Utilizaram
uma metrtalhadora .30, 12 homens rederam os vigias, explodem o carro-forte e
levam R$ 6 milhões.
|
06/12/2009
|
Empresa
Transnacional transporte de valores
|
Roubo
|
Por
um túnel de 150 metros, chegaram no cofre da empresa, quebraram o chão e
levaram R$ 20 milhões,
|
04/SET/10
|
Empresa de transporte de valores- Embraforte
|
Roubo
|
De acordo com a
polícia, eles chegaram à empresa disfarçados de policiais federais e com
falsos mandados de busca e apreensão. Cerca de 20 pessoas, entre funcionários
e parentes, foram feitos reféns durante a ação de um grupo que pode envolver
20 homens. Depois retornaram a empresa e roubaram R$ 45 milhões
|
27/AGO/11
|
Banco Itaú (Av Paulista
|
Roubo
|
Para invadir a
agência, eles quebraram uma porta de vidro. Dois homens entraram primeiro e
dominaram um segurança. Outros dez assaltantes desceram até o subsolo do
prédio. O alarme estava desligado e que
os ladrões desligaram o botão de pânico, que poderia ser usado pelo vigilante
para alertar a segurança.Durante dez horas a quadrilha estourou os 170 cofres.
|
16Out/2011
|
Empresa
Protege
|
Roubo
|
Os bandidos levaram cerca de R$ 20 milhões da
transportadora de valores Protege. Os ladrões fizeram um gerente da Protege
como refém e amarraram explosivos em seu corpo para obrigar os vigias dentro
da transportadora de valores a abrir o portão. O bando levou o dinheiro em um
carro-forte, que foi abandonado a dois quarteirões da empresa.
|
Fonte: CS3 Consultoria
1.3
Migração dos criminosos
“alerta-nos
para o fato de que o mundo em que vivemos está em constante mutação.
Infelizmente, não sabemos quantas nem como essas mudanças podem nos afetar:
Quando utilizamos à palavra risco, tentamos abranger tanto os efeitos dessas
mudanças quanto nossa incapacidade de prevê-las. Se entendermos os riscos, sua
conseqüência, impactos e causas, estaremos menos expostos a tais riscos”, afirma
o Prof Brasiliano.
No
passado, principalmente na década de 80 havia os criminosos eram especializados em cada tipo de crime, mas nos
dias atuais, com a troca de informações nos presídios e principalmente a
criação de algumas facções criminosas , o marginal passou a realizar todo
o tipo de crime, quem realiza um roubo a um condomínio, será o mesmo que
realiza um assalto em uma relojoaria, o que assalta um banco é o mesmo que irá
realizar um seqüestro, um dos objetivos é levantar recursos e investir ainda
mais no crime, em especial no trafico de drogas. É sempre assim a cada nova modalidade de
crime, surgi novas tecnologias ou medidas para impedir, a policia sufoca a
modalidade, por sua vez os criminosos migram para outro tipo de crime, eles
estão sempre um passo a frente.
A migração dos criminosos tem
explicação, o forte investimento em segurança implantado por bancos,
empresas, industrias, instalações comerciais, altos executivos contratando
segurança pessoal, novas tecnologias e recursos,enfim, tudo isso
tem sido um fator decisivo para a mudança de um crime para
outro. O criminoso atua onde é mais vulnerável, cada vez que se cria um novo
recurso para impedir a ação criminosa, eles inovam com outro tipo de crime.
Entre os inúmeros serviços e situações que o
consultor será contratado, iremos acompanhar algumas situações e cenários :
2. Soluções em segurança patrimonial
O gestor deve conhecer algumas das soluções
que estará indicando em seus projetos. Não podemos esquecer que depois do maior
bem que é a nossa vida e a das pessoas que estão ao nosso redor, a preocupação
em proteger o nosso patrimônio também é necessário, com o aumento da
criminalidade a necessidade de utilizar algumas soluções em segurança é vital
nas atividades das empresas, as soluções indicadas pelo consultor é que irão
ajudar no dia a dia do cliente.
No passado quando se falava de
segurança, as barreiras perimetrais se resumiam em cercas de arame farpado,
cacos de vidros nos muros ou lanças nos portões, hoje com a tecnologia, existe
vários equipamentos e dispositivos eletrônicos que agregam uma maior eficiência
para inibir, detectar e retardar intrusões e ações criminosas. O consultor sabe
que alguns riscos são efetivamente incontroláveis,
mas uma parte pode ser reduzida ou eliminada mediante a adoção dos sistemas de
proteção mais adequados.
A segurança patrimonial começa na
parte externa da empresa, indústria ou comercio, proteger as instalações é
parte do negocio, principalmente com o avanço da criminalidade, pensando nisso
dificultar a ação criminosa criando barreiras físicas e perimetrais e
primordial. Veja o que você pode estar sugerindo na implantação de soluções em
segurança:
-
Controle de visitantes: sistema de identificação de visitantes visa
realizar o cadastro de visitantes sem a necessidade de retenção de documentos;
-
Detector de metais: equipamento com sensibilidade capaz de detectar uma
até uma pequena lâmina de barbear;
-Cabo
microfônico: detecta o invasor por vibrações, ideal para alambrados e
superfície do solo;
-
Concertina: barreira física em aço ou galvanizado;
-
Controle de acesso: os leitores biométricos avaliam uma característica
única e intransferível de cada ser humano, tais como impressão digital,
geometria da mão e íris do olho;
-
Alarmes: alertam através de sinalização sonoro a intrusão do perímetro
de segurança.
-
CFTV: sistemas de monitoramento que filmam e gravam todo o perímetro da
empresa.
Entre as soluções em segurança, o CFTV ( Circuito Fechado de TV) é um
dos mais utilizados, seja na residência, no comercio, na sua empresa. O CFTV
tem papel ativo na segurança, podendo atuar sozinho ou em conjunto com sistemas
de alarmes, controles de acesso, etc. Veja como podemos utilizar:
-
Proteção: atuação na área de prevenção de acidentes em empresas;
-
Investigação: no caso de furtos de produtos e bens da empresa por parte de
funcionários e estranhos;
-Controle
de acesso: na restrição e controle de entrada de pessoas e veículos em área
protegida;
-
Identificação: para o reconhecimento de pessoas e veículos em áreas de controle
por parte do observador;
-
Vigilância: comércios, escritórios, etc. Reconhecendo problemas, alterações,
invasões e distúrbios que possam causar perigo ou risco as pessoas ou materiais
lá encontrados.
Com o aumento da violência, as pessoas, empresas, condomínios,
estabelecimentos comerciais, shopping centers, hipermercados, etc, estão cada
vez mais contratando os serviços de consultoria em segurança, visando implantar
sistemas eletrônicos ou empresas de vigilantes.
Ao indicar uma empresa de vigilância,
alguns profissionais acabam esquecendo de verificar se a empresa prestadora dos
serviços é regularizada junto aos órgãos competentes, não tomam alguns cuidados e contratam vigilantes sem
preparo, seus nenhum tipo de curso e sem qualificação, desta forma acaba tornando-se um problema maior do que se não
tivesse contratado, pois você assumi o risco de ter que responder pelos atos
decorrentes desse vigia.
Essas soluções mais econômicas na
hora da contratação não é aconselhável, as empresas de segurança “clandestina” ( aquelas que não registram seus funcionários,
não cumpri as obrigações legais e trabalhistas, etc) sai mais barato, mas
quando falamos em segurança temos que lembrar do velho ditado “ o barato sai
caro”.
Da mesma maneira que você deve
tomar cuidado na hora de contratar um vigilante, esses cuidados devem ser
lembrados na contratação de uma empresa de segurança eletrônica. Por exemplo,
se a análise de risco( levantamento do pontos vulneráveis) do imóvel não for bem executada, o sistema
poderá ser falho, onde a iluminação será inadequada, falhas na transmissão de
sinais, sensores inadequados, alarmes que disparam a todo instante, etc. É de
extrema importância que você ao adquirir um sistema eletrônico de segurança,
realize junto com a empresa a relação de todos os pontos vulneráveis do seu
imóvel ou de sua empresa.
Vejas outras dicas que irão ter
ajudar:
Contratação de
vigilantes
-
Verifique primeiramente se a empresa é legalizada na Policia Federal;
-
ser for um vigilante autônomo, verifique os antecedentes criminais, se possui o
curso de vigilante registrado na PF, e verificar as referências profissionais.
Contratação de
segurança eletrônica
-
Verificar as qualificações da empresa que está contratando e outros projetos
por ela já realizados;
-
Verificar a qualidade dos produtos a serem comprados e instalados ( fabricante
e procedência);
-
Certifique que será realizado um projeto e se a empresa tem pós-venda (
manutenção e monitoramento);
-
Verificar quando e em quanto tempo serão realizadas as manutenções do sistema.
Lembre-se :
" Não adianta ter os melhores equipamentos de segurança e não ter um bom
treinamento profissional dos pessoas envolvidas na segurança. O fator humano é
o principal e fundamental para a segurança de qualquer ambiente.
* Siderley Andrade de Lima: É consultor de segurança patrimonial, pós
graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do curso de Gestão em segurança
privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog
sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site de segurança www.dicaseg.com;
Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos
livros: “Manual Básico do Instrutor de
Armamento Tiro”, “ Sobrevivência
Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de
Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br
[1]
Antonio Celso Ribeiro Brasileiro é Diretor Executivo da Brasiliano &
AssociadosCoordenador Técnico e Professor dos Cursos: Curso de Especialização
(MBA) Gestão em Segurança Empresarial e do Curso Avançado em Segurança
Empresarial, ambos da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP – SP
Assinar:
Postagens (Atom)