sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
sábado, 17 de setembro de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
A simbologia do " Gorro Preto" para as forças Especiais do Exército Brasileiro
Texto elaborado por Rodney Alfredo Pinto Lisboa.
Figura 1: Operador do 1º BFEsp participa de adestramento de tiro com os quadros operacionais do 3º Batalhão do 7º SFG-A (Special Forces Group-Airborne) do Exército dos EUA em Fort Bragg, Carolina do Norte. (Fonte: Acervo do COpEsp).
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A palavra “simbologia” é empregada em referência ao estudo ou interpretação dos símbolos, que, como elemento essencial para a comunicação entre as pessoas, constitui representação (tridimensional, gráfica, sonora ou gestual) de uma ideia abstrata.
Nas relações pessoais e/ou institucionais, habitualmente, os símbolos, como representação de temores e aspirações, são utilizados de modo a promoverem a integração de diferentes grupos sociais, contribuindo substancialmente para atribuir-lhes uma identidade social que orienta os modos de pensar e agir de seus componentes.
Especificamente no que se refere aos grupos profissionais, os símbolos constituem representações peculiares à atividade por eles desempenhada. Por sua vez, as representações simbólicas características da sociedade militar estão diretamente relacionadas a um ethos institucional alicerçado no binômio hierarquia e disciplina.
Para as OpEsp do EB (Exército Brasileiro), o simbolismo inerente ao “gorro preto” evoca o apego às tradições, a reverência à camaradagem, o orgulho de pertencer ao seleto grupo de indivíduos, que após serem testados e aprovados nos limites da obstinação e resistência, passaram a integrar as unidades de elite da Força Terrestre (1º BAC [1º Batalhão de Ação de Comandos] e o 1º BFEsp [1ºBatalhão de Forças Especiais]). Para efeito de esclarecimento, é pertinente salientar que o gorro preto traz em suas laterais direita e esquerda os distintivos das Forças Especiais e da Ação de Comandos, respectivamente.
Fotografia 2: Caçadores e spotters das FOpEsp do Exército Brasileiro, integrantes da Força-Tarefa que participou do esquema de segurança do presidente Barack Obama (em visita oficial ao Brasil), durante evento de apresentação para a imprensa realizado em 2011 na capital federal. (Fonte: Disponível em: https://cryptome.org/info/obama-protect41/obama-protect41.htm Acesso em: 22 jun. 2016).
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A deferência para com o gorro preto teve origem no final da década de 1950 (período que baliza o início das OpEsp no EB), quando o Núcleo da Divisão Aeroterrestre (atual Brigada de Infantaria Paraquedista), organização responsável por conduzir o Curso de Operações Especiais, buscava criar referências cuja caracterização promovesse vínculos de pertencimento que arraigasse um vigoroso espírito de corpo em seus integrantes. A adoção do gorro bico de pato, assim como outros itens do fardamento (padrão de camuflagem; botas de combate; camisa branca com o nome do usuário no peito), representou uma mudança de hábitos e comportamentos em favor do comprometimento para com a tropa. Nesse contexto, foi atribuída uma cor específica para cada uma das especialidades aeroterrestres (amarelo para os dobradores de paraquedas e vermelho para os precursores paraquedistas). Após se depararem com uma breve resistência em relação a cor sugerida para o contingente das Operações Especiais, os quadros operacionais dessa atividade passaram a ostentar a cor preta em sua cobertura, referência às ações noturnas que a caracterizam.
Para ilustrar a relação de profundo respeito que os ElmOpEsp do EB nutrem para com o gorro preto, torno público o testemunho que me foi dado por um amigo FE, a quem atribuirei o codinome Queiróz. No período em que servia junto à Força 3 (3ª Companhia de Forças Especiais [subordinada ao Comando Militar da Amazônia]) cumprindo missão de repressão a crime ambiental na fronteira do Brasil com o Peru, Queiróz sofreu um acidente por ocasião da queda de uma árvore arrancada devido ao empuxo do rotor de um helicóptero Blackhawk, pairado no ar enquanto os operadores executavam a técnica de rapel conhecida por Desembarque Aerotático (Fast Rope). A queda da árvore provocou um grave ferimento na cabeça, chegando a lesionar uma vértebra. Trasladado para o hospital, enquanto se recuperava das severas lesões sofridas, por exigência sua, o gorro preto permaneceu sempre ao seu lado. Queiróz também me confidenciou que ao servirem no Haiti sob a égide da ONU (Organização das Nações Unidas), assim como ocorre com contingentes militares de outras nacionalidades que operam respondendo à autoridade desse órgão intergovernamental, os militares brasileiros tiveram que trajar a cobertura azul característica da entidade. Contudo, mesmo tendo que usar cobertura de outra cor por dever de ofício, o gorro preto sempre o acompanhava, mantido guardado em um dos bolsos de seu fardamento. Segundo ele revelou, o conceito por trás das atitudes manifestadas tanto na selva fronteiriça quanto no país caribenho remete a honra e orgulho de ser um FE. Nesse sentido, na eventualidade de encontrar a morte, seja em que circunstância for, o operador, em atitude altiva e comprometida com os ideais de sua unidade, optará por perecer ostentando o gorro preto, símbolo indelével das Forças Especiais do EB.
Conforme é possível notar no relato apresentado anteriormente, a simbologia do gorro preto vai muito além do conceito da caracterização/identidade militar. Para os ElmOpEsp do EB, trajar o gorro preto serve para distinguir uma classe de combatentes que valem-se da singularidade e excelência de suas habilidades, eventualmente colocando-se em situação de risco, não medindo esforços para alcançar os objetivos que lhes são atribuídos.
Rodney Alfredo Pinto Lisboa.
Professor universitário, Pós-graduado em História Militar, Mestre em Estudos Marítimos (área de concentração: Segurança, Defesa e Estratégia Marítima). Sócio correspondente do IGHMB (Instituto de Geografia e História Militar do Brasil). Autor de diversos artigos sobre Operações Especiais, Guerra Irregular e Contraterrorismo.
Curriculo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9376820701743548
http://fopesp.blogspot.com.br/
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Fases da consultoria
FASES DA CONSULTORIA
1ª FASE: CONTATO
- Detectar o
problema;
- Avaliar se
para o problema detectado é o profissional mais indicado;
- Levantar a
expectativas;
- Assinar contrato formal.
2ª FASE: DIAGNÓSTICO
- Visualizar
o problema ; questões:
- Que método
serão usados ?
- Que tipo de
dados devem ser coletados?
- Quanto
tempo isso deve durar?
3ª FASE: AÇÃO
- Envolver
o cliente no processo;
- Atentar
à resistência;
- Estabelecer
os melhores passos de ação e mudanças.
4ª FASE: IMPLEMENTAÇÃO
- Colocar
o planejamento em prática e revisar;
- Responsabilidade
da alta direção;
- Avaliar
o resultado com o cliente
5ª FASE: TERMINO
- Avaliação
final;
- Decisão
da extensão ou não a outros segmentos da organização;
- Identificação
de outro problema e um novo contrato
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Segundo Brasiliano (1999)[1] a melhor maneira de realizar um diagnóstico é
colher as informações em campo, desta forma o consultor realmente irá saber o
que está acontecendo. Ele ainda afirma que há três maneiras do consultor
realizar a busca das informações:
Entrevistas
: As entrevistas, geralmente nos níveis institucional, intermediário e
operacional, têm por objetivo conhecer como as pessoas trabalham e enxergam as
necessidades da empresa no que diz respeito a segurança.
Verificação de documentos ; A verificação de documentos,
tais como planos e norma s, tem por meta conhecer o que preconizam as condutas
e qual é a política de segurança da empresa.
Trabalho
de campo : Tem por finalidade comparar se o que está escrito e é falado realmente
acontece na empresa. O ideal é que o diagnóstico possa ser realizado a partir
destes três métodos, para garantir que
uma noção clara e abrangente de como se encontra a segurança. Conclui
Brasiliano. O
diagnostico situacional representa uma
fotografia panorâmica da situação atual,
mostrando os pontos fortes e suas vulnerabilidades.
Lembre-se[2]
“ Não venda o preço do produto – venda benefícios.........A regra é: primeiro
fale todos os benefícios, somente depois dê o preço.”
* Siderley Andrade de Lima: É consultor de
segurança patrimonial, pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do
curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em
Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site de segurança www.dicaseg.com;
Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos
livros: “Manual Básico do Instrutor de
Armamento Tiro”, “ Sobrevivência
Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de
Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br
Consultoria em Segurança
Consultoria
em segurança empresarial
*Siderley Lima
Dentro do mercado de segurança privada no
Brasil, muitos profissionais procuram cada vez atuarem como consultor de
segurança, procuram ser independentes, querem ter autonomia, na segurança
empresarial existe um nicho de oportunidades, entre elas está a consultoria .
A
consultoria de segurança é uma análise geral realizada pelo consultor, a partir
da estrutura organizacional da empresa estudada, a fim de otimizar seus
processos e modelos de gestão, quando necessário.
Segundo Roberto Costa (2007)[1]
o
gestor/consultor de segurança é o indivíduo que conduz as suas intervenções com
base na inteligência empresarial. Analisa os problemas na sua origem, analisa
alternativas e propõe soluções pontuais e com investimentos adequados aos
riscos.
Esse profissional tem a
capacidade de atualizar constantemente seus conhecimentos sobre a tecnologia
disponível na gestão de segurança empresarial e patrimonial. Tem também a
aptidão para a comunicação verbal com a finalidade de convencer o interlocutor,
utilizando conversação articulada e lógica irrefutável, transmitindo segurança
diante de uma argumentação contraditória. Também devem ser desenvolvidas
capacidades de interação com criatividade e criticidade diante de contextos
diferenciados sociais e organizacionais. Para atingir tais competências, o
profissional necessita agregar diversas atitudes tais como: liderança,
respeito a opiniões divergentes, postura moral e ética, capacidade de trabalho
em equipes multidisciplinares, espírito observador, humildade e
perseverança.Conclui Roberto Zapotoczny.
O
consultor de segurança empresarial com
base na inteligência estratégica, atua com agilidade e firmeza, capaz de
planejar sistemas de segurança integrado, executar políticas estratégicas de
proteção á continuidade dos negócios, analisa os problemas na sua origem,
avalia alternativas e propõe soluções pontuais aos risco, ou aos pontos
vulneráveis, elabora planos de segurança e contingências, faz analise de
riscos, cria planejamento tático e técnico para o dia à dia da sua
empresa, orienta você e sua família
prestando assessoria e consultoria para
a melhor solução mais viável na sua segurança pessoal. É responsável ainda
pelos projetos de segurança dos shopping centers, condomínios verticais
e horizontais, residências, empresas, aeroportos, teatros, escolas, industrias,
hospitais, hotéis, estabelecimentos comerciais e tantas outras atividades. O consultor de segurança tem um mercado que
está em grande ebulição, mercado das pequenas, médias e grandes empresas de
segurança privada, grandes empreendimentos, empresas com segurança orgânica e
multinacionais.
Segundo Nino Meireles (2008)[2]
O Gestor/consultor de segurança tem que ser um profissional altamente
qualificado. Uma pessoa que gerencie de forma científica. Que saiba interagir a
teoria com a pratica. Alguém que tenha as competências ( conhecimento, habilidade
e comportamento) necessárias para ajudar a empresa a ser altamente competitiva.
Dentro
da apresentação do consultor, André de
Pauli (2010)[3] faz um
alerta “Aos que se apresentam errônea e perigosamente utilizando a expressão “dar consultoria”; assim comprometem a
própria sobrevivência. O consultor de segurança é o profissional que presta ou fornece serviços de
inteligência, por meio de consulta. Impiedosamente os consultores de segurança
enfrentam uma concorrência desleal: as empresas de segurança, as quais “dão de graça” as soluções, das quais elas próprias obterão vantagens,
no mínimo financeiras. Conclui André .
Segundo
Aureo Almeida[4] Existem vários tipos de consultores, os que
se decidiram por não querer mais trabalhar em período integral pelas regras da
CLT, que dependem de grande bagagem profissional e estudo contínuo para serem
reconhecidos e receberem trabalho, o que também depende de ações de contatos
via redes sociais e eventos específicos. Existem os consultores que são
profissionais que estão passando por um momento de transição por terem perdido
seus empregos fixos, e usam o título de consultor para conseguir exposição
pessoal até conseguirem novos empregos, sendo que alguns acabam por manter esta
posição por terem conseguido trabalho mais rápido do que um emprego. E
infelizmente, também existem pessoas que não conseguem emprego, não possuem
experiência profissional suficiente, não possuem clientes para dar referência
pois não construíram estas relações de forma sólida, mas insistem em se
apresentar como consultores e comprometer o setor de atuação e a visão geral da
consultoria pelos tomadores de serviços, pela má qualidade de seus serviços e
reputação duvidosa.
Aureo
afirma ainda que todos têm direito ao sol, contudo construir uma carreira leva
tempo e precisa de muita perseverança e retidão moral para se chegar a ter o
que de mais valor poder conseguir, uma reputação de valor.
Esse
profissional denominado consultor presta serviços de consultoria ( consulta)
para pessoas interessadas no seu conhecimento para solucionar problemas ou para
obter oportunidades de melhorias dentro do tema considerado.
Segundo Carlos Faria[5] “Deve ser um agente de mudança, pois a organização que o
contratar tem o desejo de mudar algo, senão o seu trabalho não terá sentido
prático. O consultor em qualquer especialidade carrega consigo alguns estigmas,
portanto terá que enfrentar preconceitos por meio de sua postura ética, acima
de tudo. Deve “ser” um consultor e não “estar” consultor, em razão de alguma
contingência profissional”l.
Já dentro da atuação Teanes Silva[6] afirma que “ o consultor deve atuar na otimização e
customização dos recursos, buscando atingir os resultados esperados pela
empresa. Para tanto, ele deve entender o negócio do seu cliente, aplicando os
conhecimentos interdisciplinar e multidisciplinar, alinhados a sua experiência,
adquiridos ao longo de sua carreira”.
* Siderley Andrade de Lima: É consultor de
segurança patrimonial, pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do
curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em
Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/;
Colunista do site de segurança www.dicaseg.com;
Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos
livros: “Manual Básico do Instrutor de
Armamento Tiro”, “ Sobrevivência
Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de
Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br
[1]
Roberto Zapotoczny Costa ;
consultor em Segurança, Graduado em Administração de Empresas, Pós- graduado em
Política e Estratégia (USP), MBA em Gestão Empresarial (Universidade Anhembi
Morumbi) e Mestre em Educação,; criou e coordenou o curso superior “Gestão de
Segurança Empresarial e Patrimonial” e o curso “MBA Gestão Estratégica de
Segurança Empresarial”, da Universidade Anhembi Morumbi Autor do livro:
Gerenciamento de Crises em Segurança Empresarial e Seqüestros (2008).
[2] Nino Ricardo Meireles, é
consultor de Segurança Empresarial, palestrante especializado em Segurança e
professor universitário
[3] André de Pauli, consultor sênior em segurança empresarial.
[4]
Aureo Almeida, consultor de segurança, operador de inteligência.
[5] Carlos Faria – consultor de segurança
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