sábado, 15 de outubro de 2011

Consultoria em segurança empresarial

Ética a melhor opção para os consultores e clientes

Na crescente onda de desemprego, verdadeira “Tsunami”, surgem os novos consultores de segurança, nela também surfam “legiões de especialistas”, muitos deles profissionais aposentados dos mais diversos segmentos da comunidade, com os mais diferentes níveis de experiências, especialidades, conteúdos e conceitos; seja quanto aos fundamentos da segurança patrimonial e pessoal, como quanto aos mais elevados princípios profissionais e éticos.

Das características entre muitos que se iniciam na consultoria, destaco a capacidade ou fôlego para a travessia. Muitos nadam, nadam e morrem na praia. Aqueles que contam mensalmente com uma receita fixa, independente dos trabalhos de consultoria, mesmo que insuficiente, levam grande vantagem.

Nenhum preconceito no que se refere à origem e fonte de produção de consultores, apenas constatação do fato, reconhecida na sociedade, muitas vezes acompanhada de sorrisos irônicos: a que todo desempregado é um consultor potencial, ou profissionais que, prestes a se aposentarem, recebem o convite para continuar contribuindo, porém, com um novo modelo contratual, sem vínculo trabalhista.

Identificamos a seguir, as opções de consultorias, para consultores e clientes:

O consultor independente: raro no mercado; mantêm-se sem qualquer vínculo com prestadores de serviço ou fornecedores de produtos. Sua sobrevivência decorre apenas da fidelidade em fornecer soluções focadas nos clientes. Buscam garantir o melhor investimento em segurança ao contrário do máximo possível.

O consultor vinculado: mais comum, similar ao existente nos diversos mercados de profissionais autônomos; caracteriza-se por ser sócio ou representar uma carteira de fornecedores de produtos e serviços. Sua visão e missão estão centradas nos resultados pessoais.

O consultor especialista: traçando um paralelo entre a medicina e a segurança, corresponderia logicamente àqueles que se dedicam a um ramo específico, como: segurança eletrônica; segurança VIP; segurança comunitária; segurança pública; segurança de instalações industriais; etc.... Dos mais novos “astrointernautas” a pousar nesta praia são os consultores da Tecnologia da Informação.

O consultor acadêmico: produtor de excelentes  textos, com profundos conhecimentos literários, muitas vezes criticados pelos consultores práticos, estes últimos com significativa vivência operacional de campo;

O consultor treinador: também divididos entre acadêmicos e práticos, especializam-se em transmitir conhecimentos a grupos de “novos consultores” ou aperfeiçoamento dos que participam nos sistemas de segurança. É recomendável questionar se preferiríamos aprender, por exemplo sobre uso de armas, com os “grandes leitores” ou com “os guerreiros”.

O consultor permanente: o médico da família, em muitos casos um generalista; sua contratação pode estabelecer uma dedicação exclusiva (integral) ou vir a atender a seus clientes dentre de um planejamento anual, evidentemente assistindo-os quando das crises.

O consultor associado:  participante de um escritório de consultoria, na qual há diversos especialistas.

Em todas as classificações acima poderemos encontrar subdivisões em: consultor júnior, consultor pleno e consultor sênior, por vezes definido pelo tempo de experiência.

Um alerta aos que se apresentam errônea e perigosamente utilizando a expressão “dar consultoria”; assim comprometem a própria sobrevivência. O consultor de segurança é o profissional que presta ou fornece serviços de inteligência, por meio de consulta. Impiedosamente os consultores de segurança enfrentam uma concorrência desleal: as empresas de segurança, as quais “dão de graça” as soluções, das quais elas próprias obterão vantagens, no mínimo financeiras.

Diferente dos médicos, o consultório do consultor é seu escritório, próprio, alugado, em muitos casos “Oficce in Home” no qual deverá contar com infra-estrutura de comunicação e produção dos trabalhos. Exige-se do profissional e sua equipe: manter-se atualizado, por meio de participação em cursos, congressos, eventos, feiras nacionais e internacionais, publicações, dentre outros meios; apresentação pessoal; transporte; dentre outras despesas comuns aos mortais.

A independência e afastamento da tentação de vinculação com fornecedores e prestadores de serviços, condição ética fundamental, está relacionada à capacidade do consultor manter sua saúde (pessoal, econômica e financeira) equilibrada.

Com a segurança passando a subir no pódio de prioridade de muitas empresas, a contratação de consultores e consultorias será fundamental para a garantia da geração e manutenção dos lucros empresariais, assim como, para solucionar uma doença crônica, a contingência da responsabilidade, caracterizada pelo chavão: “Terceirizei para não ter mais problemas”. A responsabilidade é intransferível!!!!

O diferencial que o mercado da consultoria e seus clientes devem efetivamente buscar está na ética profissional e empresarial, entre ambas as partes. A ética é condição prioritária, necessária e suficiente; aonde, mais que Parceiros, se constituirão  Par Sérios.  

André de Pauli
Consultor em segurança
andredepauli@msn.com.br


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